Muitos empreendedores, após conseguirem estabelecer seus negócios, possuem dúvidas em relação à terceirização das áreas de serviços compartilhados: contabilidade, marketing, suporte, e o jurídico, por exemplo. É melhor criar um departamento na própria empresa ou terceirizar essas atividades?
Tradicionalmente, o mais comum era que as empresas contassem com consultores externos ou escritórios que orientavam a empresa ou se encarregavam de toda a realização desses serviços. Porém, os benefícios econômicos e principalmente estratégicos que se pode obter ao trazer esses serviços para “dentro de casa” pode tornar a opção de criar departamentos internos mais vantajosa do que a terceirização.
Tratando-se do departamento jurídico, ter fácil acesso à mão de obra de especialistas em advocacia corporativa possibilita que ações de gestão de risco sejam desenvolvidas pela empresa, o que, a longo prazo, diminuirá a demanda da própria área jurídica e trará economia nas despesas com causas judiciais.
Existe ainda um terceiro cenário, que equilibra as duas opções anteriores e que vem sendo adotado por empresas com alta demanda jurídica: a terceirização parcial das atividades jurídicas. Parcial porque a representação legal e defesa dos processos passam a envolver escritórios ou advogados externos, contratados estrategicamente para isso, mas sob o controle dos advogados internos da organização – os in-house counsels, que continuam acompanhando de perto cada caso. A diminuição da responsabilidade destes profissionais garante que a equipe interna esteja livre para desenvolver tarefas mais críticas e estratégicas do departamento.
A escolha do escritório ou advogado a ser contratado precisa ser criteriosa. Duas condições especiais devem ser o filtro inicial dessa decisão: a especialidade e a regionalidade dos profissionais que serão contratados.
A forma mais inteligente de entregar a responsabilidade de uma demanda judicial a terceiros é garantindo que os profissionais contratados estejam mais preparados para lidar com essa demanda do que os profissionais internos. Isso acontecerá quando a ação judicial não estiver relacionada com o core da sua empresa – o núcleo de negócio dela – mas dentro das especialidades profissionais dos prestadores contratados.
Outro fator que propicia a contratação de um escritório de advocacia é o fator geográfico. Caso sua empresa precise ser representada fisicamente em uma ação que corre em um tribunal de outra cidade ou estado, a economia que se terá evitando viagens de funcionários internos pode justificar a contratação dos serviços de um escritório que tenha atuação na mesma cidade do tribunal.
Empresas com um contencioso de massa também estão repassando todo ou parte do volume de processos para escritórios de advocacia. É preciso comparar os custos da demanda com a capacidade interna e certificar-se de que a melhor opção é a terceirização. A confidencialidade com os dados da empresa a ser representada sempre traz preocupações nestes casos. O contrato de prestação de serviços deve ser bem redigido para dar garantias acerca da confiabilidade das informações.
A gestão dos escritórios contratados pode ser feita com um software como o ProJuris ENTERPRISE, que recentemente lançou um módulo exclusivo para essa supervisão, com controle de honorários, custas e adiantamentos dos escritórios.